Devo usar suplementos nutricionais para crianças? Confira o que são e para que servem

Alimentação e nutrientes
Publicado em: 21/07/2022 - 00:00:00
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Você provavelmente já ouviu falar sobre a importância de micronutrientes como minerais e vitaminas para a saúde do seu filho. Mas sabe dizer quando pode e deve utilizar suplementos nutricionais para crianças?

Em alguns casos, dependendo do micronutriente, a criança não ingere a quantidade ideal diária da vitamina ou mineral e isso pode trazer prejuízos para a saúde. Nessas situações e com um acompanhamento médico, é possível realizar uma suplementação nutricional para melhorar a qualidade de vida do pequeno.

Saiba tudo sobre suplementos nutricionais para crianças: o que são, quando e como usá-los e quais micronutrientes podem ser complementados!

O que são os suplementos nutricionais para crianças?

Os suplementos nutricionais para crianças são combinações de vitaminas isoladas ou misturadas com outros micronutrientes e minerais, apresentados em diferentes formas como¹:

  1. Gotas;
  2. Gomas;
  3. Pó para adição de água;
  4. Flaconetes;
  5. Suspensão.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria², por conta de doenças específicas, algumas crianças podem ter a absorção de nutrientes e vitaminas dificultada. Cada micronutriente tem seus grupos de risco para a insuficiência no organismo, como veremos em alguns casos abaixo.

Esses suplementos têm diversos usos, como complementar a dieta, aumentar a oferta de nutrientes, auxiliar na recuperação de doenças e também manter o estado nutricional das crianças¹.

Eles têm uso pediátrico permitido, especialmente os que têm vitaminas e minerais isolados ou em combinações diferentes. Para isso, devem possuir doses que previnam carências nutricionais ou auxiliem no tratamento de algum tipo de doença resultante dessa falta de micronutrientes¹.

Apesar de, em tese, crianças saudáveis terem uma dieta adequada para ingerir todos os minerais e vitaminas necessários para o crescimento, isso não é uma verdade absoluta, de acordo com a SPSP³.

Tudo irá depender do tipo de dieta, do local onde vive e das atividades que o seu filho realiza³. Por isso, é importante contar com o apoio de suplementos nutricionais para as crianças nos casos em que o pediatra ou nutricionista avalie ser necessário.

Quando e como suplementar?

As crianças fazem parte de um dos grupos que têm maior vulnerabilidade para deficiências de micro e macronutrientes, especialmente nos primeiros anos de vida. Isso acontece porque elas estão crescendo e se desenvolvendo rapidamente, especialmente nos dois primeiros anos4.

As maiores deficiências de vitaminas são as A e D e os minerais iodo, zinco e ferro. A falta de vitamina D, por exemplo, atinge mais de 1 bilhão de pessoas no mundo. No Brasil, isso é um problema comum em crianças e adolescentes, mesmo que a maioria das pessoas do país residam em locais com boa exposição solar4.

O ideal para saber quando e como suplementar é procurar o auxílio de um pediatra ou uma pessoa profissional da nutrição para saber se as necessidades de micro e macronutrientes do seu filho estão sendo atendidas. Assim, será possível utilizar suplementos nutricionais para a criança, caso seja necessário e positivo para ela.

Quais são os principais micronutrientes que podem ser suplementados?

Entre as principais vitaminas que podem ser suplementadas estão a A, C e D e os minerais zinco e selênio. Confira mais detalhes sobre cada um abaixo. 

Vitamina A

Muitas das nossas defesas internas contra infecções dependem dos níveis adequados de vitamina A, por isso ela também é conhecida como vitamina anti-infecciosa5.

Entre as principais funções e importância dela para crianças estão a sua atuação5:

  • no desenvolvimento dos ossos e dentes;
  • na proteção da pele e da mucosa;
  • no fortalecimento de unhas e cabelos;
  • na prevenção de doenças respiratórias;
  • no reforço do sistema imunológico;
  • no auxílio à proteção e funcionamento normal da visão;
  • na diminuição do risco de diarreia e infecções respiratórias.

Esse micronutriente é encontrado em fontes de origem animal (como fígado, gema de ovo e leite) e vegetal (como folhas verdes, abóbora, cenoura, mamão, entre outros)7. Como o corpo humano não é capaz de produzi-la, é necessário que a gente a absorva de alimentos.

Por isso, a ingestão ideal de vitamina A por dia para crianças deve ser de7:

  • 1-3 anos: 300 (µg) ou 1667 (UI);
  • 4-8 anos: 400 (µg) ou 1.333 (UI);
  • 9-13 anos: 600 (µg) ou 2.000 (UI).

No entanto, a deficiência de vitamina A é um problema de saúde comum no Brasil, que demonstra níveis inadequados de sua absorção nos menores de cinco anos. Dependendo da região do país, esse índice varia entre 17% e 21%6.

Por conta disso, o Ministério da Saúde implementou um programa de suplementação de vitamina A para crianças de até cinco anos de idade, o "Vitamina A Mais: Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A"7.

Vitamina C

A vitamina C é um micronutriente que tem ação antioxidante, atuando na formação do colágeno e de neurotransmissores e que ajuda a aumentar a absorção do ferro, além de agir no sistema hematopoiético (responsável pela produção de células sanguíneas)8.

Ela é essencial para o sistema imune, pois auxilia o crescimento e atuação das células desse sistema, ajuda na produção de anticorpos e intensifica a resistência contra infecções virais5.

A recomendação de ingestão diária varia de acordo com a idade. Segundo a SPSP5 ela é de:

  • 15 mg para crianças de 1 a 3 anos;
  • 25 mg para crianças de 4 a 8 anos.  

Apesar de estar presente em diversas frutas, verduras e legumes, em alguns casos é possível se beneficiar da suplementação de vitamina C, especialmente na prevenção e manutenção do sistema imune, além de colaborar em momentos em que os pequenos estão resfriados, por exemplo.

Vitamina D

Também chamada de vitamina do sol, a vitamina D tem como principal função atuar na absorção de cálcio e fósforo, trabalhando pela manutenção da saúde óssea 9

Entre seus benefícios estão promover a formação óssea do organismo9, atuar no fortalecimento muscular e no auxílio ao sistema imune por meio da sua modulação e por sua ação antimicrobiana10.

A deficiência de vitamina D, como falamos, é um problema comum no mundo todo. Ela pode ser encontrada em plantas e fungos (no formato D2) e em fontes de origem animal (D3)9.

Mas mais importante que isso é absorvê-la ao tomar sol ao menos 15 minutos por dia. Estima-se que 90% da vitamina D que temos no nosso corpo seja gerada pela exposição solar9.

Os níveis de vitamina D consideradas de insuficientes até tóxicos, de acordo com a SPSP9 são os seguintes:

  • Deficiência: menos de 12 (ng/mL);
  • Insuficiência: entre 12 e 20 (ng/mL);
  • Suficiência: mais de 20 (ng/mL);
  • Toxicidade: mais de 100 (ng/mL).

Entre os principais grupos de risco para a deficiência de vitamina D estão9:

  1. As crianças que têm exposição solar inadequada;
  2. Pessoas que vivem em locais com baixos níveis de raios UVB;
  3. Quem tem uma dieta pobre em vitamina D.

As necessidades nutricionais de vitamina D para os pequenos podem ser satisfeitas por meio de exposição solar, dieta rica em alimentos que contenham o micronutriente e/ou suplementação de 600 UI, por dia9.

Mas atenção, antes de inserir na dieta suplementos nutricionais para crianças é fundamental conversar com um médico de sua confiança e avaliar as necessidades do seu filho.

Zinco

O zinco tem uma função essencial no crescimento, desenvolvimento cognitivo, replicação celular no corpo das crianças e adultos4 e metabolismo de vitamina A11.

Por conta disso, ele é essencial para o nosso sistema imunológico. Além disso, junto com outras substâncias, como a glutamina e o selênio, é considerado nutracêutico11.

Isso significa que essas substâncias promovem benefícios como prevenir doenças e ser coadjuvantes no tratamento delas. Por melhorarem a resposta imune do organismo também são chamados de imunomoduladores11.

A deficiência de zinco é considerada como um problema nutricional a se estar atento. A necessidade de sua ingestão diária para crianças é de11:

  • 1-3 anos: 3 mg/dia;
  • 4-8 anos: 5 mg/dia;
  • 9-13 anos: 8 mg/dia.

Selênio

Assim como o zinco, o selênio é uma substância do grupo nutracêutico11. Há evidências mostrando que a deficiência de selênio pode trazer perda das habilidades do sistema imunológico. Alguns estudos, ainda controversos, sugerem que a sua alta ingestão auxilia a reduzir o risco de câncer no organismo11.

Ainda, é fato que as crianças precisam deste micronutriente para o seu desenvolvimento saudável. A referência de ingestão diária é de11:

  • 1-3 anos: 20 µg/dia;
  • 4-8 anos: 30 µg/dia;
  • 9-13 anos: 40 µg/dia.

Devo usar suplementos nutricionais com meu filho?

Um estado nutricional adequado vai ajudar o seu filho a se proteger de infecções virais. Mas para isso, é importante contar com um sistema imunológico fortalecido e isso só é possível quando todas as vitaminas e minerais estão sendo ingeridas na quantidade ideal5.

Em casos de necessidade, o uso de suplementos nutricionais para crianças é considerado seguro e eficaz para auxiliar a função imunológica. Isso não vai prevenir uma infecção, mas pode ajudar o sistema imunológico, atuando com função coadjuvante5.

Lembre-se sempre que antes de iniciar o uso de qualquer suplemento alimentar para criança é crucial consultar com uma pessoa profissional de saúde da sua confiança, seja pediatra ou nutricionista.

Agora que você já sabe tudo sobre suplementos nutricionais para crianças, que tal conhecer o Blumel Imune Kids?  Esse suplemento alimentar, disponível em oral contém o exclusivo Imuno Complex, uma combinação de vitaminas A, C e D e os minerais zinco e selênio12.

Esse suplemento ajuda no funcionamento do sistema imunológico da criança. Isso porque ele não contém corantes nem açúcares. Consulte um médico de sua confiança e verifique a possibilidade de utilizar Blumel Imune Kids como suplementação para o seu filho!


 

1. Fisberg M. Suplementos nutricionais. 2012. Departamento Científico de Nutrologia Pediátrica da Sociedade Brasileira de Pediatria. Disponível em: https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/2012/12/Suplementos-nutricionais_Dr.-Mauro-Fisberg_DC-NUTROLOGIA_SBP.pdf. Acesso em: julho, 2021.2. Departamento Científico de Endocrinologia. Sociedade Brasileira de Pediatria. Vitaminas e crescimento. Disponível em: https://www.sbp.com.br/especiais/pediatria-para-familias/cuidados-com-a-saude/vitaminas-e-crescimento/. Acesso em: julho, 2021.3. Falcão MC. Suplementação nutricional. Pediatra Atualize-se: Boletim da Sociedade de Pediatria de São Paulo. 2019; 4 (5): 3. Disponível em: https://www.spsp.org.br/site/asp/boletins/AtualizeA4N5.pdf. Acesso em: julho, 2021.4. Fernandes TF. Suplementação de nutrientes. Pediatra Atualize-se: Boletim da Sociedade de Pediatria de São Paulo. 2019; 4 (5): 4-5. Disponível em: https://www.spsp.org.br/site/asp/boletins/AtualizeA4N5.pdf. Acesso em: julho, 2021.5. Cardoso AL et al. Nutrição adequada e proteção do sistema imunológico na época de Covid-19. Sociedade de Pediatria de São Paulo. 8 maio, 2020. Disponível em: https://www.spsp.org.br/PDF/DC_SuporteNutricional_Nutri%C3%A7%C3%A3oparaImuniza%C3%A7%C3%A3o.pdf. Acesso em: junho, 2021. 6 .Brasil, Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A. Disponível em: https://aps.saude.gov.br/ape/vitaminaA. Acesso em: julho, 2021. 7. Brasil, Ministério da Saúde. Manual de Condutas Gerais do Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A. 1. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2013. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_condutas_suplementacao_vitamina_a.pdf. Acesso em: julho, 2021. 8. Universidade Federal do Maranhão. UNA-SUS/UFMA. Alimentação, nutrição e a saúde da família: desequilíbrio nutricional e carência de vitaminas e micronutrientes. Fabrício Silva Pessoa (Org.). São Luís; 2014. Disponível em: https://ares.unasus.gov.br/acervo/html/ARES/1806/1/UNIDADE_03.pdf . Acesso em: junho, 2021. 9. Nigri AA, et al. Vitamina D quando fazer a dosagem e tratar? Pediatra Atualize-se: Boletim da Sociedade de Pediatria de São Paulo. 2019; 4 (5): 8-10. Disponível em: https://www.spsp.org.br/site/asp/boletins/AtualizeA4N5.pdf. Acesso em: julho, 2021. 10. Sociedade Brasileira de Pediatria. Departamento Científico de Endocrinologia. Guia Prático de Atualização. Hipovitaminose D em pediatria: recomendações para o diagnóstico, tratamento e prevenção. Rio de Janeiro: SBP, n.1; dezembro de 2016. Disponível em: https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/2016/12/Endcrino-Hipovitaminose-D.pdf. Acesso em: setembro, 2021. 11. Sarni RS. Imunomodulação: Glutamina, Arginina, Omega 3, Zinco, Cromo, Selênio, Nucleotídeos. Temas de Nutrição em Pediatria. Fascículo 3. Rio de Janeiro: Sociedade Brasileira de Pediatria, 2004, 16-44. Disponível em: https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/img/documentos/temas2001_parte2.pdf. Acesso em: julho, 2021. 12. Rotulagem do produto Blumel Imune Kids.